LUÍSA BARBOSA


 

I

Luísa Barbosa nasceu em Ferreira do Alentejo a 18 de Maio de 1923.

Filha de Alberto Barbosa prestigiado autor de teatro.

Estreou-se em palco aos 5 anos, ao lado da actriz Josefina Silva. O pai não queria que a filha fosse actriz, nunca permitiu qualquer contacto com o teatro.

Mais tarde, às escondidas do pai participa num espetáculo no Teatro Dona Maria II, o que ela não sabia é que ele estava num camarote a assistir. O sucesso foi tal que o pai Alberto Barbosa, orgulhoso, autoriza que a filha siga o sonho do teatro.

Partiu para França, onde trabalhou com algumas companhias de Teatro. Regressa a Portugal pouco tempo depois da revolução.

II

Chegada a Portugal, Luisa Barbosa fez parte da companhia independente Centelhas de Viseu, já extinta. Foi aí, numa das representações do grupo, pouco depois do 25 de Abril, que o seu talento foi reconhecido por Carlos César, que a desafiou a integrar o elenco fixo da companhia que tinha fundado e que dirigia: o Teatro de Animação de Setúbal.

Luísa Barbosa e o marido, o músico Nestor Campos tinham um bar no Parque Mayer, o actor Nicolau Breyner - cliente assíduo do MAYER BAR - considerava-a uma figura de cariz popular e convidou-a a fazer um teste para a novela "Vila Faia".

Toda a gente se lembra da ‘tia Ermelinda’, dona da taberna em “Vila Faia”, a primeira telenovela produzida no nosso país. O papel de uma mulher aparentemente dura mas de coração mole, assinalou a estreia televisiva da actriz Luísa Barbosa

III

Tornou-se numa das mais populares actrizes, deixando um currículo extenso. Nos palcos, a actriz fez ainda diversos espectáculos de Revista à Portuguesa quer no Parque Mayer quer em digressão. Estreia-se no Parque Mayer em 1983 na revista "HÁ... MAS SÃO VERDES" onde a crítica a elogiou ao afirmar "o aparecimento de uma artista popular". Em 1987 substitui Ivone Silva na revista "CÁ ESTÃO ELES", são alguns exemplos do sucesso alcançado no teatro, protagonizou ainda diversas comédias como 'A Criada é Fixe' e 'Sapateado'.

IV

No cinema estreou-se em 1986, no filme “O Vestido Cor de Fogo”. Mais tarde faria “Zona J”, de Leonel Vieira (1998), “Jaime”, de António Pedro Vasconcelos (1999), e “Camarate”, de Luís Filipe Rocha (2000), entre outros.

Em televisão, depois de “Vila Faia”, participou em séries como “Eu Show Nico”, "Allegro", “O Meu, o Teu e o Nosso” e “Queridas e Maduras” (versão portuguesa de “Sarilhos com Elas”) e nas telenovelas “Chuva na Areia” e “Palavras Cruzadas”.

Nos últimos anos, foi a avó de Tonecas na série “As Lições do Tonecas”.

Morreu em Setúbal a 21 de Agosto de 2003. Foi sepultada em Ferreira do Alentejo e posteriormente transladada para o talhão dos Artistas no Cemitério Alto de São João.

Comentários

Mensagens populares