Miscelânea Fotográfica 1º









O Elétrico Nº 1 a caminho de "Bemfica", 1952
Eléctrico bi-direccional das séries "Caixote" (736-745)

Apoio: Paulo Sousa



Panteão Nacional, peça feita em telha


Escadinhas do duque anos 50

«A DEMOLIÇÃO DA MOURARIA

À medida que iam crescendo edifícios e arruamentos nas novas áreas urbanas a norte da Avenida Almirante Reis ia desaparecendo, a sul, a velha Mouraria. A degradação das casas mais antigas justificava, aos olhos do poder, uma devastação completa: “arrancar o mal pela raiz”. Semana após semana, tombavam por terra algumas referências alfacinhas, como a Ourivesaria da Guia, o Palácio do Marquês de Alegrete ou a Igreja do Socorro. Demolições que continuariam ainda pelas décadas de 50 e de 60, com o desaparecimento do Teatro Apolo e do último arco da cerca fernandina. Mas a Mouraria ocidental não morreu em vão: serviu como exemplo dos erros da demolição sem critério. Antes que o desaparecimento de outros bairros históricos fosse por diante já tinham mudado os tempos, as vontades e as modas urbanísticas.»




Praça dos Restauradores. Paragem de transportes públicos anos 60. Fotógrafo: Inácio Bastos


Visto de cima o aspeto do Martin Moniz anos 60  em  Lisboa 



Caminhos de Ferro Portugueses

Postal

Uma bela jovem posando para uma foto em Paris, França, na década de 1920


Cortejo Histórico comemorativo do VII Centenário da Tomada de Lisboa aos mouros, Lisboa, Portugal, 1947



Os restos mortais de Eça de Queirós são transladados esta quarta-feira para o Panteão Nacional. O escritor é a 13ª personalidade da História de Portugal a receber a honra póstuma


Em dezembro de 1922, após milênios de silêncio, o mundo testemunhou o renascimento de um dos maiores tesouros arqueológicos da história: os primeiros artefatos descobertos na tumba de Tutancâmon emergiram das areias do Egito. Entre eles, destacou-se uma esplêndida caixa de madeira, ricamente adornada com pinturas policromadas.


Na tampa, cenas vibrantes de caça capturam o jovem faraó em momentos de destreza e vigor, enquanto nas laterais, batalhas épicas são retratadas com intensidade. Nessas imagens, Tutancâmon aparece com sua armadura reluzente, conduzindo sua carruagem contra inimigos asiáticos e núbios, em uma demonstração simbólica de poder e domínio.

Catalogada pelo arqueólogo Howard Carter como o item número 21, essa peça foi cuidadosamente transferida para a tumba vizinha de Seti II, temporariamente convertida em laboratório de restauração. Lá, iniciou-se o meticuloso trabalho de conservação, que marcaria o início de um legado histórico e artístico sem precedentes.

Esse momento não apenas revelou a riqueza material de uma era antiga, mas também reacendeu o fascínio pelo Egito faraônico, imortalizando Tutancâmon como um ícone da arqueologia moderna.




No Museu Marítimo de Lisboa, Portugal, está exibido o majestoso Bergantin real, mandado construir em 1780 pela Rainha D. Maria I. Este navio destaca-se pelas suas opulentas obras de arte em dourado que adornam todo o seu capacete, com um requinte especialmente evidente na popa. Depois de ser transferido para o Museu Naval em 1963, o galeão foi meticulosamente restaurado, mantendo assim o seu esplendor original. O Museu Marítimo de Lisboa é um dos mais destacados na Europa e reflecte a rica tradição naval de Portugal, que durante séculos foi uma nação estreitamente ligada ao mar




Hoje recordamos o Cais do Seixal e as suas pontes

As Pontes pedonal e  do caminho de ferro sobre o rio Coina, que ligava o Barreiro ao Seixal., em 14 de outubro de 1948



No município de Almada, as docas do Cais do Ginjal na margem sul do rio Tejo, em frente à cidade de Lisboa, já foi um lugar onde, acima de tudo, os barcos seriam carregados de mercadorias para serem
exportadas, enviados principalmente para as antigas colónias portuguesas na África, embora noutros lugares também. Os armazéns ao longo das docas que outrora armazenavam produtos como vinho, azeite, vinagre, peixe enlatado, etc. estão hoje abandonados, agora uma meca para artistas de grafite. O Cais de Ginjal também abrigava várias tabernas e estabelecimentos de alimentação entre os armazéns. Hoje quase tudo se foi.





 

Já me disseram que as portuguesas costumavam usar burka.
Não vamos exagerar em nada.
Nos Açores, as mulheres podiam usar um "capelo", que escondia formas femininas. Era para proteger a esposa do mau tempo, e de um marinheiro que era um pouco empreendedor demais.
No Algarve, era o "orgânico". Foi preciso um decreto no final do século XIX para aboli-lo. - Porquê? Bem, aguentem: porque ele estava dando liberdade demais para as mulheres!
Sendo anônima assim, a mulher podia sair com qualquer um. Pensando bem, esta é uma razão diametralmente oposta à dos Açores.
A outra razão parece-nos muito mais "moderna": no século XIX, pensava-se que era uma herança islâmica, sem beleza, que tinha de ser eliminada.
(A imagem com Nestlé soletra-se: Capelo. O outro: Orgânico)



Hoje registamos alguns navios que atracaram o Cais da Gare Marítima de Alcântara, que regressaram ou se destinaram ao continente africano



Esta foto é o Cacilheiro Recordação Empresa Jerónimo Durão a navegar de Cacilhas rumo ao Terreiro do Paço no inicio de 1974




Maat, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia em Lisboa, Portuga.

A aristocracia organizava bailes de máscaras ao estilo de Paris ou Veneza, em palacetes ou em teatros, como o primeiro que aconteceu em 1823 no Teatro do Bairro Alto. Os bailes eram acompanhados por orquestra e dançavam-se polcas, valsas ou até o cancã! Mas era no coração da cidade, que a folia acontecia!

Recordação na Rua 12 de outubro - Lapa - 1952.




Na conversa com os agricultores
No seu gabinete do Palacete de Sao Bento

Eu sou do tempo em que se cozinhava a petróleo numa "máquina revolucionária", fabricada em Torres Vedras: HIPÓLITO.
Era miúdo.
(foto pb Sandra Gaspar) .


Esta teria sido a outra Ponte Salazar, atualmente submersa na foz do rio Dão, pela Barragem da Aguieira.


7 de março de 1808, a família real portuguesa desembarcava no Rio de Janeiro.
Uma curiosidade interessante sobre a chegada da família ao Brasil em 1808 é que, durante a viagem transatlântica, a corte trouxe consigo uma considerável comitiva, incluindo membros da nobreza, artistas, cientistas e até mesmo uma impressora.
Sim, Dom João VI trouxe consigo a primeira máquina de imprensa do Brasil. Essa impressora foi utilizada para publicar o primeiro jornal, o "Gazeta do Rio de Janeiro", em 10 de setembro de 1808. Essa decisão não apenas marcou o início da imprensa no Brasil, mas também evidenciou a importância dada à comunicação e à disseminação de informações durante esse período.
Essa diversidade de pessoas e recursos contribuiu para a riqueza cultural e intelectual que marcou o período em que a família real permaneceu por aqui



Estas comparações representam Anos Loucos 20 em Lisboa.

Mural no Hipodamo de Campo Grande ano 1928

Créditos. Antunes Fotografia



O Elevador de São Sebastião, ou Ascensor de São Sebastião da Pedreira, etc. era um sistema de transporte por cabo sem-fim em funcionamento em Lisboa, Portugal, projectado por Raoul Mesnier de
Ponsard. Ligava o Largo de São Domingos, na Baixa, ao Largo de São Sebastião da Pedreira (dando acesso ao Jardim Zoológico de Lisboa, então a funcionar na Palhavã), passando pelo Largo do Andaluz. Funcionava a vapor.




Coimbra 1922


No carnaval de 1906 o prémio do jornal O Turista foi para Luís Saúde, que se mascarou  de chinês

Os jardins do Casino e a Av. Aida onde se destaca a antiga bomba da Mobil aí existente em frente ao Deck. Estoril 1969



 


Porto de Lisboa recorda a antiga Ponte giratória na Doca de Alcântara, em Lisboa. Reconhece esta paisagem nos dias de hoje. 17 Maio 1938



Com isto, a minha avó fazia o melhor puré de batata do mundo




..
Fabricante de Terços e acessórios para os mesmos... Sobral (postal de correio com data de 1952

Pensão Cinquentenário em Fátima. Inaugurada no fim da década de 1960, por altura do cinquentenário das aparições, sendo essa a origem desse nome

Inicio seculo XX

CORETO.  Um dos coretos da coleção... talvez o mais bonito



Escadas de serviço nas traseiras dos bairros antigos de Lisboa onde vários vendedores ( Exemplo Padeiros, Varinas ) também por onde os amates Homens e Mulheres fugiam, e as sopeiras  das residências de boas famílias e com boas posses financeiras para compras na praça ou loja de produtos alimentares, outros, para casa

Créditos : Antunes Fotografia 




Praça de Parada Leitão (esquerda da imagem, Gomes Teixeira, centro/direita), antiga Praça dos Voluntários da Rainha, vulgarmente denominada por 'Praça dos Leões', numa perspectiva que nos permite ver a Igreja do Carmo, ostentando os seus belíssimos painéis de azulejos, com autoria de J. Colaço, circa 1970.






“Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu“ cantam Os Azeitonas
 
Aeroporto Humberto Delgado, também chamado Aeroporto de Lisboa ou Aeroporto da Portela.

Um piloto, um avião e uma vontade de abraçar o mundo




Ponte Salazar, foz do Dão, hoje submersa pela Barragem da Aguieira, situava-se na aldeia de Foz do Dão, inaugurada em 1935.




Estas duas fotos são no Tejo em 1981, pode ver o Cacilheiro Trafaria Praia Transtejo a navegar do Terreiro do Paço rumo a Cacilhas.

Por Nuno Bartolomeu.



Grupo formado em 1957 sob a direção de Joaquim Marques “Sete Saias”. Este rancho folclórico atingiu bastante notoriedade no país e no estrangeiro com atuações em diversos países da Europa e nos Estados Unidos da América. Durante as décadas de 50 e de 60 participou em programas televisivos transmitidos em direto pela RTP, promovendo a terra e a região com as danças e cantares do ribatejo. Extingue a sua atividade nos finais dos anos 60 do século XX.

Foto: Rancho Típico Sete Saias, de Benavente
Ano: 1958
Autor: Foto Benarte – Benavente


Fado amador no restaurante Ferro de engomar, na estrada de Benfica, anos 30

Família da freguesia da Maia, São Miguel, Portugal 1963-1975

Foto: Laudalino da Ponte Pacheco



Cais do Sodré 1955


Julgamento dos revoltosos envolvidos no golpe de 18 de Abril de 1925

A revolta de 18 de Abril de 1925, também conhecida por 'Golpe dos Generais', foi uma revolta militar desencadeada contra as instituições da Primeira República Portuguesa e que ocorreu a 18 de Abril de 1925. Organizada pelo capitão-de-fragata Filomeno da Câmara, pelo general João José Sinel de Cordes, pelo coronel Raul Augusto Esteves e pelo capitão Jaime Baptista, foi uma revolta de grande magnitude, envolvendo, pela primeira vez desde 1870, oficiais generais no ativo, sendo considerado como o primeiro ensaio do golpe de 28 de Maio de 1926.
Surgiu depois de boatos de uma tentativa de revolta monárquica publicados na imprensa a 5 de Março. A revolta, que teve o apoio da Cruzada Nun’Álvares, era de carácter nacionalista, envolvendo cerca de 61 oficiais, tendo, entre os líderes militares Sinel de Cordes, Gomes da Costa, Raul Augusto Esteves e Alfredo Augusto Freire de Andrade, e, entre os conspiradores civis, Antero de Figueiredo, Carlos Malheiro Dias, José Adriano Pequito Rebelo e Martinho Nobre de Melo.

A revolta iniciou-se pelas 17 horas do dia 18 de Abril, com a ocupação da "Rotunda", pelos revoltosos, o batalhão de metralhadoras, o batalhão de sapadores de caminhos-de-ferro e a artilharia de Queluz.

 Julgamento dos revoltosos envolvidos no golpe de 18 de Abril de 1925, que decorreu na Sala do Risco do Arsenal de Marinha, 1925-09
Coleção Ferreira da Cunha, Sojornal


1972. Uma operação "stop" da GNR nos arredores de Lisboa, perto onde é hoje a A5

 O CCFL 804 da carreira 1 (Restauradores - Benfica) mas encurtado ao Jardim Zoológico, por isso 1A, na avenida Fontes Pereira de Melo, ainda com obras de pavimentação após a instalação do metropolitano. Pouco tempo depois a carreira n.º 1 foi retirada do eixo Restauradores - Av. Liberdade - Marquês de Pombal - Av. Fontes Pereira de Melo - Av. António Augusto Aguiar passando para a Praça do Chile - Av. Duque de Ávila - Largo de São Sebastião da Pedreira -Benfica. Depois de São Sebastião da Pedreira e até Benfica (Terminal) o percurso era o mesmo desde a existência da carreira 1 ainda do tempo dos "Americanos". Fotografia, em 1959 ou 1960, de Judah Benoliel (1890/1968); a. f. da CML (AML

“De saco ao ombro e jornal na mão, o ardina começava o seu dia nas secções de vendas das redações para adquirir os jornais, que depois vendia nas ruas de Lisboa, onde apregoava a manchete do dia para quem o quisesse ouvir.
Profissão frequentemente desempenhada por crianças e jovens que viviam em condições extremamente precárias, a partir de meados do século XX foi gradualmente substituída pelos quiosques, tabacarias e outros estabelecimentos que vendiam jornais e revistas
















Basílica de Nossa Senhora do Rosário na Cava de Iria em Fátima



CORETO Do Vilar dos Prazeres




Transcrevo aqui no meu mural o comentário (post) de Raimundo Pedro Narciso há poucas horas no mural "Fascismo nunca mais" e o comentário pessoal meu que lá coloquei logo que li o Raimundo Narciso. Tudo a propósito da data em que Amílcar Cabral foi assassinado na Guiné Conacri. Aqui fica o comentário de Raimundo Narciso :
"O general Spínola então governador da Guiné é o principal responsável pela organização do assassinato de Amílcar Cabral. Este fascista dissidente, que esteve na batalha de Estalinegrado com as tropas de Hitler. Exerceu o cargo de Presidente da República, de 15 de Maio de 1974 até à sua renúncia em 30 de Setembro do mesmo ano. Foi a seguir chefe da conspiração contra a revolução do 25 de Abril, nomeadamente do atentado do 11 de Março de 1975 e da organização terrorista subsequente. E depois disto tudo foi condecorado em 1987 por Mário Soares " que o designou Chanceler das Antigas Ordens Militares Portuguesas, tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (a segunda maior insígnia da principal ordem militar portuguesa), pelos «feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura» a 13 do mesmo mês e ano." (Wikipédia)."
E a minha posterior resposta :
Raimundo Pedro Narciso sublinho, com estima pessoal que sabes que tenho por ti, o meu lamento por este teu comentário num tom de sectarismo de que já não te julgava capaz. E lamento sobretudo porque põe em causa as convicções democráticas do meu pai, Mário Soares, e a sua lealdade constante à Liberdade. Na nossa Pátria, e não só. Podes claro não gostar de Spínola e do papel que na minha opinião teve indiscutivelmente no 25 de Abril. O livro de Spínola "Portugal e o Futuro" foi goste-se ou não dele a "certidão de óbito" da ditadura salazarista caetanista. Só podes chamar "fascista dissidente" a Spínola se o chamares também a Costa Gomes, e a Humberto Delgado assassinado pela PIDE. Spinola foi goste-se ou não um militar corajoso que deu muitas provas da sua bravura física pessoal na guerra da Guiné. Foi na minha opinião um símbolo claro da Revolução do 25 de Abril. Essa do Spinola chefe da conspiração contra a revolução é na minha modesta opinião um disparate. Spinola fez muitos disparates e revelou falta de bom senso e incapacidade de avaliação objectiva da realidade. Fez algumas asneiras, e pagou por elas. Como outros fizeram supostamente à "esquerda" no 28 de Setembro, e sobretudo no 11 de Março de 1975 e depois até ao 25 de Novembro. Muitos ditos de esquerda não queriam eleições a 25 de Abril de 1975. Outros queriam votos em branco. Mas elas fizeram-se e deram o resultado histórico que deram. Houve quem o não quisesse aceitar e ter em conta em nome da "revolução". Da de Abril não era de certeza, era talvez da dita de Outubro mas que foi em Novembro. Aquilo a que chamas o "atentado do 11 de Março" tem na minha opinião ainda muito para saber até que se possa perceber o que realmente foi. Ah Spinola terá como outros militares portugueses feito parte de uma missão militar que foi a convite dos alemães não a Estalinegrado mas a Katyn na Polónia onde os soviéticos executaram milhares de soldados e oficiais do exercito polaco quando em 1940 partilharam a Polonia com os nazis. Repito partilharam a Polónia com os nazis. Quando estiver contigo ofereço-te o livro de Margarete Buber Neuman, comunista alemã detida num Gulag sovietico e entregue em 1940 aos nazis que a deportaram de imediato para Ravensbruck. Felizmente sobreviveu e escreveu. Aceita apesar de tudo um abraço amigo de respeito pela tua bravura no combate contra a ditadura, e o pedido de que por favor nessa visão maniqueísta que o teu pequeno texto (post) revela não excomungues democratas de sempre como se tivessem sido "fascistas dissidentes". Abraço, João Barroso Soares
(a ilustração é a do mural do "Fascismo nunca mais". Uma foto da manifestação na Avenida Lourenço Peixinho no ultimo dia do Congresso de Aveiro em 1973, dissolvida à cacetetada pela Policia de Choque chefiada pelo capitão Maltez. Por acaso figuro na foto, e estou bem visível)


Por:  João Soares


 

Certamente quem tem menos de quarenta anos nem sabe quem foi. Porém, muitos lembrar-se-ão da famosa Dona Branca, também conhecida como a Banqueira do Povo.

Maria Branca dos Santos (Lisboa, 20 de junho de 1911 — Lisboa, 3 de abril de 1992), mais conhecida por Dona Branca, foi uma agiota que causou um enorme escândalo financeiro nos anos 1980 em Portugal.

Maria Branca dos Santos nasceu no Hospital de São José, freguesia do Socorro, em Lisboa, a 20 de junho de 1911, sendo filha de Francisco dos Santos, funileiro, natural de Torres Novas, e de sua mulher, Maria Amália, doméstica, natural do Castelo, Lisboa.

A sua família era extremamente pobre, pelo que, como tal, a futura "Banqueira do Povo" não chegou a completar a instrução primária.

Desde cedo, começou a sua prática "bancária": guardava o dinheiro da venda de varinas ao longo do dia recebendo ao anoitecer uma pequena compensação pelo "depósito". Destacou-se pela sua honestidade e carisma, e passou a ser solicitada também pelos vendedores ambulantes.

No decorrer dos anos 1950 em que reinava a pobreza nacional, torna-se numa pseudo-bancária quando iniciou a sua actividade clandestina. Estrategicamente, começou a atribuir juros a quem lhe confiasse as suas economias, tanto maiores quanto mais elevadas fossem. Utilizava bastante bem o esquema em pirâmide.

Assumiu posição diferente à da Banca e da técnica bancária: recebia depósitos acrescidos de 10% de juros a quem aplicasse as suas poupanças e concedia empréstimos a juros elevados. Esta medida foi crucial para a expansão da sua atividade e renda.

O esquema de pirâmide e como funcionava:

A metodologia resultava com o aparecimento diário de novas pessoas e operava do seguinte modo:

ontem pessoa 'X' depositou 20 contos.

hoje pessoa 'Y' deposita 20 contos (2 contos iriam para pessoa 'X' - ficava logo com os juros mensais)

Funcionava assim sucessivamente, uma vez que o cliente de ontem recebia os juros provenientes do investimento do(s) cliente(s) do dia seguinte.

Uma vez que tanto o cliente 'X' como o cliente 'Y' não procediam ao levantamento da totalidade do depósito, facilmente se gerava um fundo sustentável, que seria aumentado significativamente dado que, ao invés do levantamento, os clientes voltariam a depositar.

Em março de 1983, o semanário "Tal & Qual" divulgou a sua actividade e os seus métodos, tendo sido também notícia na imprensa internacional.

Houve investigação.

O Ministro das Finanças, Ernâni Lopes, estrategicamente, foi à televisão advertir e acautelar os portugueses.

Resultado disso foi o deslocamento de centenas de pessoas querendo reaver o seu dinheiro depositado, o que imediatamente gerou uma confusão incontrolável e um pânico estrondoso.

Dona Branca, de modo a devolver a quantia que havia sido depositada pelos seus clientes, passou milhares de cheques sendo centenas deles devolvidos por falta de provisão.

Envolvida com colaboradores corruptos e criminosos, um deles o seu advogado, que "legalizava" as suas acções financeiras, foi finalmente detida a 8 de outubro de 1984 e colocada em prisão preventiva.

Resultado do julgamento: pena de prisão de 10 anos para a D. Branca por crime de burla agravada e 24 dos arguidos foram absolvidos.

Curiosamente, conheci pessoas que afirmam ter ganho muito dinheiro com a Dona Branca.

A RTP fez uma novela sobre a sua vida em 1993 onde a inesquecível Eunice Muñoz deu vida à Banqueira do Povo.

Fontes: Observador, Wikipédia, Sapo 24, RTP



D. Carlos acompanhado dos seus dois filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel. Tapada da Ajuda (Lisboa), 1906

2 de Fevereiro de 1954, o dia do grande nevão que ocorreu no Sul de Portugal e Espanha



Um passeio de barco com uma diferença  Venha ao Porto e encontrará os nossos tradicionais barcos barco rabelo do Cockburn no rio Douro


Loja da Meias aos 60


Transportes  públicos de antigamente anos 60/70 












Sabia que… há 70 anos, para a eletrificação das linhas de Sintra e do Norte, a CP adjudicou ao Groupement d’Étude et Electrification des Chemins de Fer en Monophasé 50 Hz a produção dos respetivos equipamentos e material circulante? Surgem, assim, as primeiras automotoras elétricas da CP,série 2001 a 2025, fabricadas, em 1956, na antiga Sorefame, na Amadora. Em 1962, a CP adquire mais 24 automotoras, a 2ª série, as 2051 a 2074, e quatro anos depois compra mais 10 unidades, a 3ª série, a 2081 a 2090. Ao longo da vida ativa, as três séries circularam nas linhas do Norte, Sintra, Cintura e Beira Alta, assegurando ainda comboios nos suburbanos de Coimbra e Porto, sendo retiradas definitivamente do serviço regular em 2005.




Momentos históricos da Rodoviária Nacional-CEP 05,que viaturas ainda passaram por outras empresas até ao seu fim de vida,como a das imagens das viaturas:5292+5264 RN!

Autor das imagens::  Marco António e Martyn Hearson




 

Os “Órfãos do Titanic”, irmãos Michel (4 anos) e Edmond (2 anos), foram fotografados em abril de 1912 logo após a sobrevivência milagrosa do desastre do RMS *Titanic*. A história deles é desoladora e extraordinária. Os jovens, que falavam apenas francês, foram encontrados sozinhos e desacompanhados após o naufrágio do navio - entre os mais jovens e mais vulneráveis dos sobreviventes. Sem adultos a reivindicá-los no rescaldo caótico, eles tornaram-se símbolos de tragédia e esperança.

Sua jornada a bordo do *Titanic* foi o resultado de uma amarga disputa de custódia. O pai deles, Michel Navratil, tirou os meninos da mãe deles na França e embarcou no *Titanic* sob um nome falso, na esperança de começar uma nova vida na América. Quando o navio atingiu o iceberg, Navratil conseguiu levar ambos os meninos para o bote salva-vidas no 15, garantindo a sua sobrevivência antes de perecer nas águas geladas do Atlântico. As crianças foram resgatadas pelo *Carpathia* e levadas para Nova Iorque, onde foram cuidadas enquanto suas identidades permaneceram um mistério.

Apelidado de "Órfãos do Titanic" pela imprensa, os meninos foram eventualmente reconhecidos pela mãe através de reportagens de jornais e fotografias. Ela viajou para a América para se reunir com eles, trazendo o fim de um dos muitos dramas humanos que emergiram da tragédia do *Titanic*. Hoje, a história de Michel e Edmond Navratil serve como um lembrete comovente das histórias pessoais por trás de um dos mais infames desastres marítimos da história - um conto de perda, sobrevivência e a força duradoura da família



Carmen Miranda e sua irmã Aurora Miranda, Copacabana em meados dos anos 1930



A 23 de junho de 1971 era inaugurada a maior doca seca do mundo, a Doca 13, cujo pórtico marcou e cremos que marcará para sempre a imagem de Almada. A doca seca tem 520 por 90 metros. O pórtico 130 metros de comprimento.
Foto Lurdes Matos Lisnave




 Aqui , mais uma homenagem a grande Ilka Soares que faria aniversário no dia 21 de Junho ! Na minha opinião , ela era uma das atrizes mais charmosas do país ! Na imagem de 1963 , na varanda do Copacabana Palace , ela aparece à esquerda com 30 aninhos , ao lado dos não menos Grandes : Jardel Filho , Marília Celi , Eva Wilma e John Herbert !


 






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